25 anos na História: o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas

O dia 25 de julho celebra o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. A data foi criada em 25 de julho de 1992, durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana, como marco internacional da luta e da resistência da mulher negra.
Cerca de 200 milhões de pessoas que se identificam como afrodescendentes vivem na América Latina e no Caribe, e são os mais afetados pela pobreza, marginalização e pelo racismo, que atingem ainda mais as mulheres negras. No Brasil, a data também é nacional, foi instituída por uma Lei de 2014, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
Tereza de Benguela foi uma importante líder quilombola que viveu durante o século 18. Os quilombos eram formados por aldeias de escravos que fugiam das fazendas. Ela era casada com José Piolho, que chefiava o quilombo do Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso. Quando o marido morreu, ela assumiu o comando da comunidade, revelando-se uma líder.

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Tereza de Benguela, ícone da resistência negra no Brasil Colonial

A rainha Teresa comandou a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou resgatadas das vilas próximas. O Quilombo do Quariterê tinha um parlamento e um conselheiro para a rainha. Também desenvolvia agricultura de algodão e possuía teares, onde se fabricavam tecidos, que eram comercializados na vila, como também os alimentos excedentes.

Com a falta de mão de obra e fugas de escravos cada vez mais frequentes, os proprietários das minas, apoiados pelo governador, criaram uma missão para capturar os fugitivos. As comunidades foram destruídas, muitos negros foram mortos, torturados e aprisionados. Tereza de Benguela foi presa numa emboscada e morreu por inanição alguns dias depois da captura.

Violência 
O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo, perdendo somente para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia, com a triste marca de 13 mulheres vítimas de homicídio por dia, de acordo com dados de 2015 do Mapa da Violência elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). De acordo com o Mapa da Violência de 2015, entre 2003 e 2013, aumentou em 54,2% o número de assassinatos de mulheres negras, enquanto, no mesmo período, houve diminuição de 9,8% para as mulheres brancas.

São Paulo – “Por nós, por todas nós, pelo bem viver”

Contra as opressões que ainda imperam na sociedade e com o lema “Por nós, por todas nós, pelo bem viver”, mulheres negras e indígenas de São Paulo saíram às ruas nesta terça-feira (25) para denunciar o racismo, o machismo e a violência. A iniciativa celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, instituído em 1992 no 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas.

As ações são capitaneadas pela Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, em articulação com mais de 50 entidades do movimento negro e de mulheres. “Queremos colocar a pauta do genocídio do povo negro, do feminicídio e do encarceramento em massa no centro do debate político”, afirma Juliana Gonçalves, integrante da marcha. Segundo ela, a violência contra as mulheres negras, seja em função da cor, do gênero, da orientação sexual ou por intolerância religiosa, vem crescendo “exponencialmente” nos últimos anos. “Marchamos porque queremos viver.”

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As mulheres negras se manifestam também contra o governo Temer e seus projetos de reformas que retiram direitos. Com a imposição de uma reforma trabalhista que fragmenta a CLT, as mudanças nas leis do trabalho atingem a todos, mas as negras e indígenas perdem mais. Elas também criticam o projeto de reforma da Previdência, que chamam de reformas genocidas, porque, a longo prazo, vão vitimizar, de maneira definitiva, parcelas da população, e em especial, a parcela preta e pobre”, diz a integrante da Marcha.

Em São Paulo, as mulheres denunciam medidas da gestão Doria que estão “vilipendiando os direitos das mulheres negras e pobres”, como a falta de vagas em creches e cortes no programa Leve Leite. Também destacam a política higienista e de “criminalização da pobreza”, promovidas pelo atual prefeito contra usuários na Cracolândia e contra moradores de rua, que também colocam a população negra como alvo preferencial. “A pobreza, não só em São Paulo, mas no Brasil, tem cor e sexo: é preta e feminina”, diz a militante.

 

Fontes:

http://radioagencianacional.ebc.com.br/direitos-humanos/audio/2016-07/historia-hoje-25-de-julho-marca-luta-da-mulher-negra-latino-americana

http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=8945

http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2017/07/queremos-sobreviver-mulheres-negras-e-indigenas-saem-as-ruas-contra-a-violencia

 

 

NÃO ESQUECEREMOS!

Hoje o assunto é sério, contudo mais do que necessário. De acordo com a ONU, a taxa de feminicídios[1] no Brasil é a quinta maior do mundo – 4,8 a cada 100 mil mulheres. Entre 2003 e 2013 o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875, segundo o Mapa da Violência.

A ideia desse post surgiu pelo número alarmante de casos de violência contra a mulher, é claro, mas também por uma coisa que me aconteceu hoje. Navegando pela internet me deparei com um post no facebook perguntando quais “tragédias nacionais” tinham marcado a nossa infância. De cara me lembrei do Caso Eloá – acho que foi meu primeiro contato com a ideia de que podemos ser assassinadas pelo simples fato de terminar um relacionamento –, mas logo percebi que muitas pessoas já não se lembravam mais dele. Senti na hora uma necessidade de falar sobre isso. Como um caso que aconteceu a menos de 10 anos pode ser esquecido assim tão facilmente? Mas nós não esqueceremos. Vou lembrar hoje de três casos – diferentes entre si, mas com uma semelhança: o feminicídio.

 

Eloá 

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Eloá Pimentel era uma adolescente de 15 anos quando seu ex-namorado, Lindemberg Alves, a manteve presa na casa onde ela morava por cinco dias. Ele dizia não aceitar o fim do relacionamento dos dois – sendo essa, aliás, uma das maiores justificativas para a violência doméstica (vale fazer uma pesquisa rápida no google pra confirmarem, só escrevam “inconformado com o fim do relacionamento” e aguardem os milhares de resultados). A cobertura da mídia com o caso foi intensa: plantões de emergência, jornais noticiando a todo momento, até mesmo entrevistas com o sequestrador ao vivo na televisão. Eloá foi assassinada com dois tiros pelo ex-namorado. Morreu aos 15 anos de idade, no dia 18 de outubro de 2008 porque não queria mais ter um relacionamento com Lindemberg. Porque se recusou a continuar em um relacionamento abusivo. Porque queria ser livre. Lindemberg foi condenando, mas a vida de Eloá não foi restituída.

Fonte: documentário “Quem matou Eloá?”, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4IqIaDR_GoQ&feature=youtu.be>.

 

Luana 

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Luana era uma mulher negra, lésbica, moradora da periferia de Ribeirão Preto, interior de São Paulo e mãe de um menino de 14 anos. No dia 8 de abril de 2016, Luana saiu para levar o filho a um curso de informática sendo abordada pela Polícia Militar logo em seguida. Segundo relatos de testemunhas, ela teria pedido para que uma policial realizasse a revista, os policiais, entretanto, teriam se negado e Luana foi brutalmente espancada por pelo menos três deles. Cinco dias depois ela morreu em decorrência dos ferimentos causados pelo espancamento. Os familiares dela acreditam que as agressões tiveram motivação pela orientação sexual de Luana e pelo modo como ela se vestia e se “comportava”. Uma mulher, negra, lésbica, periférica; vítima de racismo, machismo e lesbofobia. Uma mulher, espancada e assassinada por homens, pelo simples fato de exigir aquilo que lhe é de direito. Luana foi só mais uma vítima em meio a intensa violência policial que vivenciamos hoje.

Fonte: <https://ponte.org/a-historia-de-luana-mae-negra-pobre-e-lesbica-ela-morreu-apos-ser-espancada-por-tres-pms/>.

 

Dandara

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O Brasil é o pais que mais mata travestis e transexuais no mundo. A média de vida dessa população é de 35 anos, menos da metade da média geral. Todos aqueles que conheceram Dandara relatam que ela distribuía sorrisos e alegria por onde passava. Tinha 42 anos, trabalhava para ajudar a mãe, mas teve sua vida retirada violentamente quando foi espancada em plena rua de Fortaleza e morta a tiros no dia 15 de fevereiro deste ano. O vídeo da violência sofrida por Dandara viralizou na internet e o caso ganhou repercussão internacional, chamando a atenção do mundo para a violência sofrida pela população trans no Brasil. Grupos que lutam pelos direitos LGBTTQ+ organizaram passeatas e manifestações pedindo por justiça e por ações efetivas para a solução de tais problemas. No ano de 2016 foram 144 travestis e transexuais assassinades no Brasil.

Fonte: <http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39227148>.

 

São milhares de Eloás, Luanas, Dandaras, Cláudias e Marias espalhadas pelo país. Milhares de mulheres violentadas, espancadas, intimidadas e assassinadas por homens que se incomodam e não aceitam suas escolhas, suas vidas, sua liberdade. Nossa vida é nossa. Temos o direito de vive-la como acreditamos e principalmente, como queremos. Tentam limitar nossos desejos, tentam dominar nossos corpos, tentam tomar nossas decisões. Vivemos em um mundo onde a violência contra nós é diminuída, justificada, aceita. É nosso dever como sobreviventes nos lembrar de cada uma dessas mulheres que pagaram com suas vidas por exercerem sua liberdade de ser e de viver. Não esqueceremos. Não toleraremos. Não aceitaremos. Não mais.

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Um pequeno tributo aquelas que já se foram, mas que continuarão sempre em nossas memórias e em nossa luta.

Disque denúncia: 180.

[1] Feminicídio: “O feminicídio é a instância última de controle da mulher pelo homem: o controle da vida e da morte. Ele se expressa como afirmação irrestrita de posse, igualando a mulher a um objeto, quando cometido por parceiro ou ex-parceiro; como subjugação da intimidade e da sexualidade da mulher, por meio da violência sexual associada ao assassinato; como destruição da identidade da mulher, pela mutilação ou desfiguração de seu corpo; como aviltamento da dignidade da mulher, submetendo-a a tortura ou a tratamento cruel ou degradante.” – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre Violência contra a Mulher.

As mulheres reais por trás das personagens de Game of Thrones

Neste domingo (16) uma das séries mais assistidas da atualidade volta para sua sétima temporada. A série de fantasia que se passa em – sua maior parte – Westeros, um dos quatro continentes conhecidos nesse mundo, lembra muito a Idade Média (séc. V a XV). Isso não é coincidência já que o próprio autor dos livros “As crônicas de gelo e fogo” que inspiraram a série, George R. R. Martin, já disse em diversas entrevistas que muitos dos fatos dos livros foram inspirados por acontecimentos reais principalmente no período da Guerra das Rosas que ocorreu na Inglaterra Medieval durante o século XV.

Mas isso não ficou restrito somente aos fatos do livro e da série. É possível notar diversas semelhanças entre personagens da obra e figuras históricas, principalmente as mulheres. Não é nenhuma novidade que Game of Thrones possui uma grande representatividade feminina, com mulheres fortes e de personalidade única – apesar de escorregar algumas vezes, se deixando levar por alguns estereótipos que estamos cansadas de ver (alô cenas de estupro fora de contexto?!). Exemplos disso são as ladies (algumas nem tanto) Stark: Catelyn Stark e suas filhas, Arya e Sansa Stark; as meticulosas Tyrell: Margaery Tyrell e sua avó Olenna Tyrell; a guerreira Yara Greyjoy; a selvagem ~ you know nothing Jon Snow ~ Ygritte e a nossa revelação da última temporada deusa, diva mirim (que não é a Maisa), rainha, maravilhosa, pisa menos aka Lyanna Mormont.

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Vamos destacar agora três mulheres que possuem uma semelhança – proposital ou não – com personalidades históricas: Brienne de Tarth, Cersei Lannister e Daenerys Targeryen.

1. Brienne de Tarth/Joana d’Arc

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Guerreiras, fortes, destemidas, quebradoras dos padrões impostos pela sociedade, essas duas mulheres são o exemplo perfeito de que mulheres podem sim fazer o que quiserem em qualquer lugar e época. Revolucionárias e leais elas dedicaram suas vidas a cumprir seus juramentos e defender aqueles aos quais colocavam suas crenças. Brienne que na série jurou sua espada primeiro a Renly Baratheon, depois a Catelyn Stark e finalmente a Jamie Lannister, tem uma devoção a lealdade que até nomeou sua espada de acordo – Oathkeeper (algo como a protetora ou mantenedora de juramentos). Joana d’Arc, como conta a história, foi “chamada pelos anjos” para dedicar sua vida a Dauphin, o ainda não coroado rei Carlos VII da França. Depois de uma infância trágica a menina de 13 anos começou a ter visões com alguns santos e santas que diziam que ela deveria entrar para o exército francês. Motivada por tais visões ela iniciou os treinamentos militares. Foi aceita no exército francês, chegando a comandar tropas. Obteve vitórias importantes e foi fator decisivo no Cerco de Orleans, durante a Guerra de Cem Anos, antes de ser condenada à morte pelos britânicos. As duas representam a força feminina nos exércitos e na guerra.

2. Cersei Lannister/ Margarida de Anjou

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Essas duas mulheres com certeza são as mais contraditórias da nossa lista. Representam o poder feminino mas também o poder da persuasão e da política. Cersei e Margarida compartilham como principais semelhanças o fato de ambas tomarem a posição de comandante de um reino quando seus maridos (os Reis, aos quais se era designado o poder de governar) não os eram capazes. Além disso, as duas viviam sob os rumores de que seus filhos não eram filhos legítimos do Rei, o que no caso de Margarida serviu como mais um problema para que o Rei Henrique VI – seu esposo – fosse bem-sucedido. Mas não se pode negar que tanto uma como a outra se sobrepuseram a sua época, onde se era designado as mulheres o papel de esposa e mãe e aos homens o papel político – tanto que as duas foram obrigadas por suas famílias a se casarem com homens bem mais velhos, visando uma união entre reinos (na série, entre as casas Baratheon e Lannister e na vida real, para selar a paz entre Inglaterra e França). Margarida de Anjou foi sem sombra de dúvida uma peça fundamental em um dos períodos históricos mais importantes da Inglaterra, se sobrepondo a um Rei inseguro que levou a Inglaterra a derrota da Guerra dos Cem Anos e se transformou em uma das personagens mais influentes na Guerra das Rosas como uma das líderes da Dinastia de Lencastre.

3. Daenerys Targaryen/Rainha Elizabeth I

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Duas mulheres que optaram por não se casar (Daenerys foi casada com Khal Drogo, mas após sua morte manteve-se sozinha), poderosas e sedentas por poder. As duas detinham de um poder bélico que impressionava – Daenerys armada com seus dragões e a Rainha Elizabeth com a marinha inglesa. Ao contrário da personagem da série épica, a Rainha Elizabeth nunca se casou. Era conhecida como a “Rainha Virgem” mesmo que decididamente não o fosse. Na série, Daenerys perdeu o reinado de sua família, juntamente com ela, na infância e depois de muitas batalhas e de agregar aliados e poder por onde passasse parte em busca de sua maior conquista: recuperar os Sete Reinos que antes pertenciam a casa Targaryen. A Rainha Elizabeth, por sua vez visava expandir a influência inglesa – e conseguiu, tendo a primeira colônia inglesa na América denominada Virginia, em homenagem a Rainha Virgem. Outro ponto em comum é que nenhuma das duas lida muito bem com traidores de seu reino: Daenerys baniu o seu íntimo conselheiro Jorah Mormont após descobrir que ele era originalmente um espião e Elizabeth mandou executar Robert Deveraux, seu principal assessor, após descobrir que o mesmo tramava rebelar-se contra ela. Duas Rainhas que agregaram poder político e bélico em um mundo majoritariamente masculino.

Três exemplos de mulheres fortes que quebravam os padrões impostos por sua sociedade, enfrentando a estigmatização da mulher e exaltando que podemos sim, ser quem quisermos. Game of Thrones volta domingo e até as diretoras desse comitê amorzinho merecem um descanso pra acompanhar o desfecho da nossa Dany.

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Post inspirado e adaptado do artigo da Revista Time, disponível em: < http://time.com/2871621/5-real-life-women-who-inspired-game-of-thrones-characters/>.

A história das mulheres que foram à luta por seus direitos políticos

O Brasil celebra 85 anos da instituição do voto feminino: 

No Brasil, as mulheres só puderam se matricular em estabelecimentos de ensino em 1827. O direito a cursar uma faculdade foi adquirido somente cerca de 50 anos depois. As primeiras mulheres que ousaram dar esse passo rumo à sua autonomia e profissionalização foram socialmente segregadas.

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O primeiro Código Civil brasileiro, aprovado em 1916, reafirmou muitas das discriminações contra a mulher. Com o casamento, a mulher perdia sua capacidade civil plena. Cabia ao marido a autorização para que ela pudesse trabalhar, realizar transações financeiras e fixar residência. Além disso, o Código Civil punia severamente a mulher vista como ‘desonesta’, considerava a não virgindade da mulher como motivo de anulação do casamento e permitia que a filha suspeita de ‘desonestidade’, isto é, manter relações sexuais fora do casamento, fosse deserdada. As mulheres casadas eram consideradas incapazes juridicamente, como as crianças, os portadores de deficiência mental, os mendigos e os índios.

Desde a formação da sociedade brasileira, as mulheres foram excluídas de todo e qualquer direito político. Por exemplo, a Carta Outorgada do Império (1824) e a primeira Constituição da República (1891) não lhes concederam o direito de votar e nem de serem votadas. Eram, portanto, consideradas cidadãs de segunda categoria. Uma realidade generalizada, pois, naquela época, as mulheres estavam excluídas dos seus direitos políticos na quase totalidade dos países do mundo.

A primeira feminista brasileira de que se tem notícia foi a potiguar Nísia Floresta (1809-1885). Ela se destacou como educadora, criando e dirigindo diversas escolas femininas no país. Considerava a educação o primeiro passo para a emancipação da mulher. A imprensa alternativa feminina, surgida em meados do século XIX, foi, o princípio do movimento de mulheres. Em 1852 a jornalista Juana Noronha fundou e dirigiu o primeiro jornal produzido por mulheres – o Jornal das Senhoras. No ano de 1873 a professora Francisca Motta Diniz fundou o jornal O sexo feminino, que se envolveu na grande campanha pela abolição da escravatura. Inúmeros outros jornais femininos surgiram e ajudaram a conscientizar as mulheres sobre o papel subalterno que lhes era destinado pela sociedade patriarcal.  Esta breve postagem se concentrará na luta das mulheres brasileiras pelos seus direitos políticos.

 

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Frontispício da primeira edição de “O Sexo Feminino” (1873).

O voto feminino foi um dos temas tratados pelos deputados que elaboraram a primeira Constituição Republicana (1891). Contudo, o texto final acabou não deixando clara a situação política da mulher. A argumentação da maioria dos opositores ao voto feminino sustentava a superioridade moral da mulher e, justamente por isso, ela seria incompatível com a política. A mulher deveria ser protegida pela sociedade deste mal. Deus e/ou a natureza havia reservado a ela outro papel, mais nobre, o de “rainha do lar”. Essa, por exemplo, era a visão dos positivistas.

Baseando-se na afirmação de que os constituintes não pretendiam proibir o voto feminino, pois entre os excluídos, não se encontrava nenhuma referência às mulheres. Ao longo dos anos, várias mulheres, em diversas regiões, tentaram se alistar como eleitoras. Em 1910, diante das constantes recusas, algumas delas fundaram o Partido Republicano Feminino, que ainda que pequeno, mostrava o grau de consciência e organização atingido pelas brasileiras no início do século passado.

Naquela mesma época, uma personagem importante para a luta feminina entrou em cena: Bertha Lutz, filha de um renomado cientista brasileiro, Adolfo Lutz, estudou em Paris onde entrou em contato com as ideias feministas que fervilhavam em solo europeu. De volta ao Brasil, em 1918, imediatamente envolveu-se na luta pelo voto feminino. Devido a sua condição financeira, pertencente à elite econômica do país, em 1919, foi indicada pelo governo brasileiro para participar da reunião do Conselho Feminino da Organização Internacional do Trabalho. Ela também representou o país na I Conferência Pan-Americana da Mulher, realizada em abril de 1922.

No mesmo ano, Bertha organizou o 1º Congresso Feminista e fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF). Esta foi a primeira entidade feminista brasileira com certa expressão interna e internacional. Entre os seus objetivos estavam: “assegurar à mulher os direitos políticos que a nossa constituição lhe confere” e “estreitar os laços de amizade com os demais países americanos a fim de garantir a manutenção perpétua da paz e da justiça no Hemisfério Ocidental”.

Outro nome feminino que se destacou no conturbado ano de 1922, foi o da combativa estudante Diva Nolf Nazário. Na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde estudava, defendeu, contra a maioria de seus pares, o simples direito de votar na eleição do diretório acadêmico. Consciente da situação inferior que se encontravam as mulheres, participou ativamente da fundação da Aliança Paulista pelo Sufrágio Universal, tendo sido sua secretária-geral.

Convencida da constitucionalidade do voto feminino, ela tentou se registrar como eleitora. Para isso, fez uma peregrinação por vários órgãos públicos. Chegou mesmo, depois de muita insistência, a conseguir um registro eleitoral provisório. Contudo, o parecer do juiz eleitoral foi-lhe desfavorável: “Entendem, por certo, a maioria dos nossos representantes que (…) não era ainda o momento de romper com as tradições do nosso direito, segundo as quais as palavras ‘cidadãos brasileiros’, empregadas nas leis eleitorais, designam sempre cidadãos do sexo masculino”, alegou o magistrado. Diva recorreu da decisão e seu pedido foi indeferido, o caso repercutiu nacionalmente e ganhou as páginas dos principais jornais. No ano seguinte, 1923, ela publicou “Voto Feminino e Feminismo”, no qual apresentou sua luta e as diversas posições existentes em relação ao sufrágio feminino, através de artigos publicados na imprensa daquela época.

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A vitória eleitoral de Arthur Bernardes – um opositor ao voto feminino – nas eleições presidenciais de 1922, representou um duro golpe para os objetivos da FBPF. Eleito presidente em 1926, Washington Luís, incluiu em sua plataforma eleitoral o voto feminino, sua eleição animou as militantes feministas. Novamente foram apresentados projetos que garantiam o voto às mulheres e as Comissões de Justiça deram pareceres favoráveis a eles. As entidades femininas fizeram um abaixo-assinado com mais de duas mil assinaturas, em geral de mulheres de projeção social. Tudo indicava que, desta vez, a situação seria resolvida favoravelmente às mulheres.

Contudo, o projeto que instituía o voto feminino acabou não sendo votado, pois dois senadores apresentaram emendas desfigurando-o. Uma das emendas elevava a idade mínima para votar e ser eleita de 21 para 35 anos, para evitar a eleição de “meninas de pouca idade” para o Congresso. A outra emenda estabelecia o voto diferenciado para mulheres, em que se afirmava que podiam votar e ser votadas, “as mulheres diplomadas com títulos científicos e de professora, que não estiverem sob poder marital nem paterno”. A matéria voltou para a Comissão de Justiça que rejeitou as emendas. O projeto entrou na lista de espera para nova votação, que nunca ocorreria.

No entanto, a estrutura começara a romper. Juvenal Lamartine havia sido um dos senadores que mais defenderam a proposta do direito de voto para as mulheres e, por isso, foi apoiado por elas na sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte. Antes mesmo de tomar posse, solicitou que fosse aprovada o projeto que estabelecia o voto feminino. Assim, as mulheres potiguares foram as primeiras a usufruir desse direito, bem como, as primeiras a assumir cargos no legislativo e executivo no país. Em 1928, Alzira Soriano foi eleita prefeita em Lajes, era fazendeira e obteve 60% dos votos, sendo a primeira mulher a assumir uma prefeitura na América Latina.

No ano de 1927, os votos femininos contabilizados na eleição para o Senado foram cassados pela Comissão de Poderes do Congresso Nacional. Segundo a Comissão, as mulheres poderiam votar apenas nas eleições para as Câmaras Municipais e Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, mas não nas eleições federais. A FBPF, em protesto, lançou um duro Manifesto à Nação. A direção da FBPF procurava tomar distância da política partidária – apesar de manter ligação com setores das oligarquias presentes no poder.

As operárias, embora tivessem grande atuação nas greves por melhores salários e condições de trabalho, tiveram pequena atuação na luta pelos direitos civis e políticos. Os anarquistas, força hegemônica até meados dos anos 1920, repudiavam a atuação política institucional e eram radicalmente contra a participação eleitoral. Por isso não se incorporaram na luta pelo sufrágio universal e feminino. O próprio Partido Comunista, criado em 1922, embora defendesse o voto feminino, ainda padecia de pouca inserção junto às mulheres, mesmo as trabalhadoras. Assim, a luta pelo sufrágio feminino foi travada fundamentalmente pelos setores de vanguarda da burguesia e da pequena burguesia urbana. Isso teve consequências na ideologia e nas formas de organização e de luta do movimento feminista brasileiro. Sem bases sociais populares, não se produziu uma forte corrente de esquerda como aconteceu em alguns países europeus.

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A posse de Alzira Soriano, primeira prefeita eleita no Brasil (1928)

A primeira proposta de código eleitoral feita pelo governo provisório de Vargas ainda limitava o voto feminino, determinando que só poderiam votar as mulheres solteiras e viúvas acima de 21 anos e, as casadas, apenas com autorização dos maridos. Houve uma grande campanha unificada entre a FBPF e a ANM – Aliança Nacional de Mulheres, fundada por Nathércia Silveira ex- dirigente da FBPF – para derrubar tais restrições. As líderes feministas se encontraram pessoalmente com Vargas e tiveram então suas reivindicações atendidas.

O novo Código Eleitoral, promulgado em 1932, garantiu-lhes o direito de votar e serem votadas. Vargas ainda indicou Bertha e Nathércia, como representantes das mulheres brasileiras, para a comissão especial encarregada de elaborar a proposta de Constituição Federal que seria apreciada pelo Congresso – um fato inédito na história política brasileira. A Constituição de 1934 iria estabelecer sem ambiguidade, o direito de voto para as mulheres. Assim, o Brasil se tornou o quarto país das Américas a estabelecer o voto feminino, precedido pelo Canadá, Estados Unidos e Equador. A primeira mulher eleita para a Câmara dos Deputados foi a paulista Carlota Pereira de Queiróz. Formada em Medicina, era também uma representante destacada da elite paulistana.

Naquela conjuntura de crise havia crescido a influência da esquerda entre as mulheres. Como resultado, em 1934, foi fundada a União Feminina. Ela se integraria à Aliança Nacional Libertadora (ANL), que tinha participação de socialistas, comunistas e anti-imperialistas. Após a cassação desta entidade e do esmagamento do levante ocorrido em novembro de 1935, as principais dirigentes da União Feminina foram presas. Em seguida, a FBPF e demais entidades femininas sofreriam um duro golpe com a decretação do Estado Novo em novembro de 1937. Sem democracia o movimento feminino retrocederia. Apesar das limitações, pode-se afirmar que sem a ação decidida dessas mulheres não seria possível falar em democracia e cidadania no Brasil.

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Carlota Pereira de Queirós, na Câmara dos Deputados, 1934

 

Texto adaptado do artigo de Augusto César Buonicore, disponível em: http://www.grabois.org.br/portal/especiais/152244-44658/2010-03-03/a-luta-de-libertacao-das-mulheres-e-o-socialismo

Ajudinha com a pesquisa #2

Documento de Posição Oficial (DPO)

Voltamos com mais uma ajudinha de pesquisa, hoje vamos abordar como redigir um Documento de Posição Oficial, pelo nome parece ser complicado, mas garanto que com essas dicas vocês vão ahazar escrevendo seu DPO!

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O que é um DPO?

DPO (Documento de Posição Oficial) é um documento impresso entregue à Mesa Diretora no primeiro dia de debates. Nele, cada representação explicita e detalha sua posição a respeito do tema a ser discutido no comitê. Dessa forma, um bom DPO deixa claro o posicionamento oficial de determinada representação, bem como suas propostas e expectativas de resolução do tema.

Quando entregar? E para que serve?

Os delegados devem entregá-lo no primeiro dia de debates, quando da revisão de regras. Todas as delegações terão acesso aos Documentos de Posição Oficial de outras delegações, porém cada delegação pode pegar emprestado somente dois DPOs por vez. O delegado que pegar um DPO emprestado terá seu nome anotado e deverá devolver o documento à Mesa assim que não necessitar mais do mesmo. Os DPOs não serão formalmente apresentados ou avaliados pela Mesa Diretora.

Formato padrão do DPO:

O documento é um breve resumo escrito sobre qual a posição que o seu país leva e tem tomado sobre uma questão particular. É um panorama geral da postura que você estará representando no comitê durante a conferência, e também é uma primeira chance de os diretores avaliarem seu conhecimento sobre o país que representa.

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O padrão de DPO do MINIONU tem apenas uma página, fonte Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento 1,5. O DPO deverá ser regido nesta folha oficial ( Folha oficial para o DPO ). Seu documento deve incluir uma breve introdução, seguida de uma exposição detalhada da posição de sua representação durante os debates. Um bom Documento de Posição Oficial contêm sugestões ou ideias sobre como deve ser a resolução do comitê.

Obs.: É necessário que o DPO tenha boas fontes de pesquisa, que devem ser referenciadas no final do Documento de Posição Oficial.

Cabeçalho do Documento de Posição Oficial:

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O que se deve ter em um bom DPO?

  • O primeiro componente do seu documento de posição deve descrever o tema em geral e fornecer informações sobre o problema, enfatizando os fatores que têm agravado ou afetado o que será discutido. Nesta primeira sessão, você não deve fazer referência diretamente à opinião do seu país, apenas discutir a visão deste em relação ao problema.
  • Na segunda sessão, você deve introduzir o seu país com uma breve história que antecedeu o que está sendo discutido.
  • O terceiro componente é o mais importante, pois é onde você discute como o seu país pensa sobre o tema e como ele é abordado em sua política externa. É importante apresentar um plano de ação e metas propostas pelo seu país. Certifique-se de enfatizar por que isso é a ação correta a tomar, e por que seria benéfico para outros países resolverem e agirem da mesma forma.

 

Atenção:

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  • A característica principal de um documento de posição é que ele é escrito do ponto de vista do seu país, não de si mesmo. Isto significa que você deve evitar o uso de pronomes pessoais, tais como “eu”, “nós” e “você”.
  • Escreva um texto de forma coesa e coerente.
  • Organize seu texto de forma objetiva.
  • Preocupe-se com a estética do seu documento. Um documento bem charmoso causa boa impressão e interesse ao leitor!
  • Leia e releia seu texto. Ajuda para que você tenha um bom DPO.

Finalmente, prontxs para sambar?

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Ajudinha com a pesquisa #1

Olar menines, turo bom?

Hoje eu vim aqui pra ajudar vocês com uma parte mais prática da nossa simulação: os debates. Como vocês já sabem a Conferência de Pequim Sobre a Mulher aconteceu em 1995, mas o que isso significa pra vocês? Além do fato de podermos usar e abusar da moda da década de 1990 nos dias do evento, significa também que as informações utilizadas por vocês no debate devem ser condizentes com o ano em que a simulação se passa. Ou seja, informações atuais de qualquer tipo não podem ser utilizadas como argumento por vocês delegades. Por isso nós resolvemos fazer essa série de posts falando sobre detalhes importantes que vocês devem conhecer para o nosso debate fluir, assim como dar várias dicas de fontes de informação que vocês poderão utilizar.

O primeiro post vai ser dedicado então a importância da história para formar nossos argumentos. Vocês devem ter reparado que a primeira parte dos nossos dossiês fazem referência a dados gerais sobre os países, mas vocês sabem o porquê disso? E mais, sabem o que significa cada um daqueles dados e porque eles contribuem para o nosso debate?

Muito bem, vamos começar pelo começo. A história de cada país tem importância não só para o nosso conhecimento geral mas para definir como esse país tem tratado as mulheres ao longo do tempo, que tipos de políticas ele adota e qual a relevância da pauta de gênero em sua agenda (primeira palavrinha que devemos conhecer: a agenda de um país é como se fossem suas preocupações, os interesses que ele busca alcançar. Os Estados Unidos, por exemplo, possuem uma agenda que na maioria das vezes se refere a segurança, assuntos como conflitos e guerras tem importância central para seus governantes. Entretanto, ele se preocupa também com a defesa dos Direitos Humanos no âmbito nacional e internacional, portanto as políticas referentes a gênero ocupam uma parte importante de sua agenda.). A história vai nos mostrar também se o país possui alguma preocupação maior, como por exemplo um conflito interno – como uma guerra civil. Alguns países que estão em nosso comitê passavam por esse tipo de conflito no momento em que a Conferência aconteceu, um exemplo disso é Serra Leoa (uma dica para e delegade que ficou com esse país é o filme “Diamante de Sangue”, de 2006 que retrata a situação do país e de sua população na época em que nossa Conferência aconteceu). Mas por que essas são informações relevantes? Uma guerra civil, assim como qualquer outro conflito dessa magnitude afeta a agenda do país, que irá possuir preocupações “mais urgentes” como por exemplo a segurança física e mental de sua população, a manutenção do Estado como um todo e o combate as diversas violações aos Direitos Humanos comuns nos períodos de guerra.

Outra informação que está em nossos dossiês e que vocês devem conhecer é o PIB (Produto Interno Bruto que serve principalmente para compreender a economia do país) dos países. Países que possuem um PIB baixo, podem se caracterizar como países subdesenvolvidos ou países em desenvolvimento. Países com um PIB alto são aqueles os quais chamamos de países desenvolvidos. Países desenvolvidos tendem (foco nessa palavrinha: tendem, pois esta não é uma regra) a possuírem mais políticas voltadas para a equidade de gênero; enquanto países mais pobres tendem a ter uma agenda voltada para assuntos como o combate ao desemprego, a fome e a violência generalizada, que na maioria das vezes (de novo, não é uma regra) assolam o território do Estado.

Mas o que devemos deixar claro com esse post é a importância da pesquisa realizada por vocês, pois cada um desses países possuem uma história única e que deve ser compreendida em sua amplitude de valores e características que só eles possuem.

Bom, menines, esse foi só o primeiro da nossa série de posts que irá durar até o dia do MINIONU. Qualquer dúvida ou sugestão não hesitem em nos contatar pelo facebook ou mesmo pelos comentários do blog.

A dica de documentário de hoje vai ser também relacionada a história, mas a história do movimento feminista na luta pelos direitos das mulheres: She is beautiful when she is angry (tem na Netflix! Corre lá!).

Beijinhos de luz e até o próximo post ❤

I Conferência da Representatividade da Mulher no Cinema

Esse é um exemplo de proposta de resolução que desenvolvemos em um dos treinamentos do MINIONU e serve também para auxiliar no estudo de vocês! (Qualquer dúvida é só falar com a gente)

I CONFERÊNCIA DA REPRESENTATIVIDADE DA MULHER NO CINEMA

RESOLUÇÃO 1

PATROCINADORES: ISABELLA, BIANCA, CAROLINE, CAMILA, RAI

SIGNATÁRIOS: THAIS, GABRIELA, DIEGO, STEPHANIE, OTÁVIO

Analisando a falta de representatividade da mulher na sociedade, em especial na indústria do cinema; reconhecendo a objetificação da mulher no mercado cinematográfico, percebendo ainda a necessidade de discussão sobre seu papel restrito ao ambiente doméstico, propõe-se:

1. Firmar a real necessidade da presença feminina empoderada em filmes de diversos gêneros, senão em lugares que a diminuem, com exclusividade em âmbito doméstico;

2. Incentivar a inserção das mulheres no cenário cinematográfico;

2.1 Aos países que não possuem qualquer programa de financiamento à produção de filmes, estimular o investimento na criação deste;

2.2 Aos países que o possuem, criar 40% de cotas voltadas ao desenvolvimento de filmes produzidos por mulheres;

3. Especificar os parâmetros de aplicação do Teste de Bechdel;

3.1 Acrescentar uma quarta regra ao teste em que qualquer assunto é válido, desde que seja tratado a partir da ótica feminina;

4. Estabelecer um encontro decenal em prol de reavaliar a aplicabilidade do teste, e se será necessário realizar mudanças.

Calling all the manas MINIONU Preview

OLHA SÓ QUEM ESTÁ CHEGANDO!!!

O MINIONU PREVIEW
Vocês devem estar pensando o que é o MINI ONU Preview e o que vai rolar lá…
Vamos lá!
O MINIONU preview ajuda os professores e delegados a conhecerem os comitês da segunda edição do evento. Depois das apresentações, cada delegadx será encaminhado a seu comitê, onde será realizada dinâmicas para a integração.

O que vai ter no comitê mais amorzinho da segunda edição?
A apresentação dxs delegadxs e uma simulação da mulher mais emponderada de filmes, series, desenhos e entre outras

Aqui vai a programação do nosso sábado (que garanto que vai ser bem mara)
13h às 14h30 – Abertura e Apresentação do Evento
15h às 17h – Simulação Temática dos Comitês
Local Auditório 2 – Prédio 2

Esperamos por vocês

Isabella, Bianca e Carol!

Cinema empoderado

Delegadxs de nossos corações, aqui vai uma listinha de filmes/documentários/animações/live action/séries que falam desde violência de gênero à empoderamento feminino. São histórias de mulheres de diversas cores, raças e nacionalidades que vivenciaram histórias comuns a muitas de nós. Fizemos essa listinha com todo nosso amor e esperamos que vocês aproveitem.

Aqui vai:

Animações/Live action

Frozen (2013)

Mad Max: Estrada da Fúria (2015)

Malévola (2014)

Moana (2017)

Mulan (1998)

Persépolis (2008)

Pocahontas (1995)

Star Wars: O despertar da força (2015)

Valente (2012)

Séries

Jessica Jones (2015)

Orange Is The New Black (2013)

Orphan Black (2013)

The Crown (2016)

The Fall (2013)

Educação

Girl Rising (2013)

Violência Sexual

Cairo 678 (2010)

Filha da Índia (2015)

The Hunting Ground (2015)

Aborto

Clandestinas (2014)

O aborto dos outros (2008)

Empoderamento feminino

Kill Bill (2003)

Thelma e Louise (1991)

Mulheres

A Garota Dinamarquesa (2015)

Amy (2015)

Coco antes de Chanel (2009)

Frida (2002)

Olga (2004)

What Happened, Miss Simone? (2015)

Mulheres na história

As Sufragistas (2015)

Estrelas Além do Tempo (2016)

Aqueles que são tão bons que não conseguimos definir uma só categoria:

Histórias Cruzadas (2011)

Millennium: os homens que não amavam as mulheres (fica a escolha entre o sueco ou o americano)

Que horas ela volta? (2015)

Movimento feminista

She’s Beautiful When She’s Angry (2014)

P.s.: a #ListinhadoAmô provavelmente vai aumentar, então fiquem ligados nos próximos capítulos.